terça-feira, 5 de abril de 2011

Compartilhar uma emoção

A arte de transmitir informações e ao mesmo tempo entreter e emocionar o leitor começou a ser desenvolvida no século XX, quando os jornalistas inovaram e começaram a escrever, de certa forma, com o coração.

Com o surgimento desta forma jornalística que faz o leitor se emocionar e ter prazer em ler, vieram também muitas criticas. Alguns jornalistas da época diziam que essa pratica tirava o foco do que realmente era importante, ao passo que outros aderiram a pratica e foram muito bem sucedidos.

Felizmente os pioneiros do jornalismo literário produziram excelentes textos, geralmente com um forte apelo social, que mostrou a realidade de algumas pessoas mundo afora. Muitos desses autores tiveram seus trabalhos reunidos e transformados em livros que ainda hoje, muitos anos depois, são reconhecidos como obras literárias importantes.

A meu ver o jornalismo literário foi uma grande evolução na forma de informar. Dessa forma o leitor não fica preso somente as fatos do cotidiano que muitas vezes podem tornar o habito da leitura muito maçante e desagradável, ele desistiria da leitura antes do fim.

A partir de então o leitor se emociona, interage, e muitas vezes, consegue se identificar dentro dos textos. A leitura se torna mais prazerosa. O jornalista clareia a informação para que possa ser entendida com mais facilidade. Tudo isso sem comprometer sua veracidade.

Prova que isso deu certo e que veio para ficar são os diversos escritores que começaram no jornalismo literário. No Brasil temos Euclides da Cunha, Manoel Bandeira, José de Alencar, Machado de Assis entre tantos outros.

Algumas das grandes obras da literatura brasileira originaram-se de textos desses jornalistas, que escreviam para os jornais, e depois tiveram unidos os seus trabalhos e montado um livro. Livros estes que hoje em dia, muitas décadas depois, são usados como referencia para provas de vestibular e concursos.

O jornalismo literário é uma forma de escrever com o coração, mais do que isso, um dom. É entregar-se e se sentir parte do contexto abordado. Colocar seus sentimentos para transmitir outro lado daquilo que se passa. É compartilhar uma emoção.

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