terça-feira, 26 de abril de 2011

Censura nos tempos atuais

O senador, e ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB-PR) se irritou com uma pergunta feita por um jornalista, da radio Bandeirantes, e praticou agressões físicas caracterizando censura no Senado, arrancando o gravador das mãos do repórter. Assim que aconteceu o episodio, Vitor Boyadjian foi até a Polícia Federal registrar a ameaça que sofreu dentro do Senado.

O motivo da agressão se deu porque o jornalista perguntou ao ex-governador se ele abriria mão da pensão que recebe, o então senador se irritou com a pergunta, que disse ser ofensiva, e arrancou o das mãos de Vitor e levou com sigo. Mais tarde seu filho, Mauricio Tadeu foi quem devolveu o gravador, depois de apagar o áudio.

Foi uma grande surpresa a atitude do senador que também é formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Como um profissional formado em comunicação ele deveria saber o quanto é importante a liberdade de expressão para profissionais da área, e importante também para a população em geral, que tem pleno direito de saber tudo o que acontece, principalmente, no que diz respeito ao dinheiro publico.

Ato considerado como censura o do então senador de tratar com falta de respeito o jornalista, que estava apenas fazendo seu trabalho, tomando de suas mãos um de seus instrumentos. Ainda pior, apagar todo o material que havia sido gravado. O que teria de mais em responder a uma simples pergunta? Ou a pergunta de alguma forma não poderia ser respondida? Fica a duvida.

O Comitê de Imprensa do Senado vai fazer uma representação contra o senador Roberto Requião junto à mesa diretora. O Sindicato dos Jornalistas não descarta a hipótese de processar o senador. E a os representantes da categoria do Distrito Federal exigiu desculpas do senador, ou irá representar contra ele no Senado, para levar o incidente ao conselho de ética.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Liberdade de comunicação e expressão

A comunicação de forma geral mudou depois do advento da internet, isso não é novidade para ninguém. Mudou tudo. O jeito de escrever não é o mesmo, o estilo, a liberdade de se expressar, entre tantas coisas.

O mais incrível nisso tudo foi a liberdade que as pessoas tiveram para poder se expressar e interagir uns com os outros. O acesso a informação ficou mais rápido e fácil. Foram diversos benefícios alcançados. Mas em contrapartida essa liberdade foi usada de uma forma não tão proveitosa.

Para os profissionais de comunicação, principalmente para os jornalistas, a popularização da internet foi muito importante. Muitas vezes censurados pelos veículos em que trabalhavam, tinham que produzir matérias direcionadas pela linha editorial do veiculo.

Outro ponto que atrasava a vida dos bons jornalistas, aqueles que realmente tentavam fazer um trabalho de prestação de serviço, era os contratos com governos e políticos entre outros. Com a popularização dos blogs eles viram a oportunidade de poder começar a fazer aquilo que realmente nasceram para fazer.

Provas disso é o caso do jornalista Ricardo Noblat, que começou usar os blogs para publicar suas matérias e reportagens de cunho social e ganhou grande credibilidade, assim ele foi ficando cada vez mais conhecido e conquistou seu espaço em reconhecimento ao seu trabalho.

Pontos negativos estão em tudo, inclusive no caso de Noblat. Com a popularização vêm o interesse das grandes empresas de comunicação. Ele acabou indo trabalhar para as organizações Globo, isso de certa forma “calou” o jornalista.

É possível destacar ainda outro ponto negativo com a popularização dos blogs. Algumas fontes não são confiáveis. Muitas vezes são publicadas informações de procedência duvidosa. Mas como controlar isso? Não é possível. E para pior a situação, alguns desses blogs de fontes não confiáveis conquistaram uma certa popularidade, e alcançam muitas pessoas.

Embora muitas inverdades estarem circulando por ai, além de blogs que não tem uma utilidade positiva, de maneira geral a liberdade que a internet trouxe tanto para os profissionais de comunicação quanto para a população em geral, é positiva. Quando utilizada de maneira correta e produtiva ela gera um bom resultado.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Opinar

Na filosofia de Parmênides, “opinião é a idéia confusa acerca da realidade e que se opõe ao conhecimento verdadeiro. Assim, as análises baseadas em opiniões são bem distintas das idéias baseadas na observação metódica dos fatos”.

No jornalismo a opinião não deve ser usada na hora de redigir uma matéria. Ao menos não era para ser. Mas a situação mudou depois que os donos dos grandes veículos de comunicação perceberam a grande maquina formadora de opinião nas mãos, e que com isso poderiam ganhar muito dinheiro.

Atualmente a opinião dos veículos de comunicação está em todas as matérias que são publicadas e/ou transmitidas, dependendo do meio em que elas circulam. Assumidamente opinião, só mesmo no editorial ou nos textos dos chamados colunistas, que escrevem sobre determinado assunto, geralmente em sua área de especialização.

Mas também o texto quando escrito com o intuito de ser imparcial acaba tento um pouco da opinião de quem o escreve. Cada pessoa carrega consigo uma bagagem cultural única, pois a vivencia de cada um é algo muito singular, cada um teve um caminho até chegar aqui, então cada fato é exposto de uma forma diferente, até mesmo quando são duas pessoas de uma mesma cultura falando do mesmo acontecimento.

Há algum tempo, com o desenvolvimento das novas tecnologias, e com a popularização e o fácil acesso a internet, vem se falando na extinção do impresso, mas como se sabe, nada substitui o prazer de folhear um livro ou jornal. Mas para o jornalismo opinativo o advento da internet é uma oportunidade de exaltação do gênero.

Com o fácil acesso aos blogs e a liberdade de expressão que eles permitem, fica mais fácil o jornalista expor suas opiniões com mais liberdade. Longe de interesses (principalmente monetários), e com boa vontade de fazer um trabalho bacana, que pode ser até mesmo de prestação de serviço, a internet é uma grande alavancadora da liberdade de expressão.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

7 de abril Dia do Jornalista

A profissão de jornalista exige muita responsabilidade. Uma palavra que têm uma bela sinonímia, a ética o jornalista deve abraçá-la de vez, já nos bancos da instituição acadêmica. Jornalismo se faz por amor e com responsabilidade. Jornalista é a pessoa ou profissional que exerce atividade jornalística como redator, repórter, fotógrafo, editor, o que for. O jornalista deve ser eclético, visto que a profissão exige isso do profissional. Ele tem que ser clínico geral, já que a área do jornalismo é vasta.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A lagartixa

Álvares de Azevedo

A lagartixa ao sol ardente vive

E fazendo verão o corpo espicha:

O clarão de teus olhos me dá vida,

Tu és o sol e eu sou a lagartixa.

Amo-te como o vinho e como o sono,

Tu és meu copo e amoroso leito...

Mas teu néctar de amor jamais se esgota,

Travesseiro não há como teu peito.

Posso agora viver: para coroas

Não preciso no prado colher flores;

Engrinaldo melhor a minha fronte

Nas rosas mais gentis de teus amores

Vale todo um harém a minha bela,

Em fazer-me ditoso ela capricha...

Vivo ao sol de seus olhos namorados,

Como ao sol de verão a lagartixa.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Compartilhar uma emoção

A arte de transmitir informações e ao mesmo tempo entreter e emocionar o leitor começou a ser desenvolvida no século XX, quando os jornalistas inovaram e começaram a escrever, de certa forma, com o coração.

Com o surgimento desta forma jornalística que faz o leitor se emocionar e ter prazer em ler, vieram também muitas criticas. Alguns jornalistas da época diziam que essa pratica tirava o foco do que realmente era importante, ao passo que outros aderiram a pratica e foram muito bem sucedidos.

Felizmente os pioneiros do jornalismo literário produziram excelentes textos, geralmente com um forte apelo social, que mostrou a realidade de algumas pessoas mundo afora. Muitos desses autores tiveram seus trabalhos reunidos e transformados em livros que ainda hoje, muitos anos depois, são reconhecidos como obras literárias importantes.

A meu ver o jornalismo literário foi uma grande evolução na forma de informar. Dessa forma o leitor não fica preso somente as fatos do cotidiano que muitas vezes podem tornar o habito da leitura muito maçante e desagradável, ele desistiria da leitura antes do fim.

A partir de então o leitor se emociona, interage, e muitas vezes, consegue se identificar dentro dos textos. A leitura se torna mais prazerosa. O jornalista clareia a informação para que possa ser entendida com mais facilidade. Tudo isso sem comprometer sua veracidade.

Prova que isso deu certo e que veio para ficar são os diversos escritores que começaram no jornalismo literário. No Brasil temos Euclides da Cunha, Manoel Bandeira, José de Alencar, Machado de Assis entre tantos outros.

Algumas das grandes obras da literatura brasileira originaram-se de textos desses jornalistas, que escreviam para os jornais, e depois tiveram unidos os seus trabalhos e montado um livro. Livros estes que hoje em dia, muitas décadas depois, são usados como referencia para provas de vestibular e concursos.

O jornalismo literário é uma forma de escrever com o coração, mais do que isso, um dom. É entregar-se e se sentir parte do contexto abordado. Colocar seus sentimentos para transmitir outro lado daquilo que se passa. É compartilhar uma emoção.

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